Truculência da Norsk Hydro revolta moradores e professores de Barcarena no Pará.
Os
moradores de Barcarena estão indignados com a falta de respeito da Albrás,
empresa ligada ao grupo norueguês Norsk Hydro, após funcionários da dita empresa de forma truculenta, tentarem expulsar os moradores das residências que pertencem ao grupo, mas que desrespeita o fato dos mesmos residirem naquele local por mais de 20 anos.
O fato revoltou as famílias e vizinhos o que fez com que os empregados da Albrás desistissem de expulsá-los, no entanto recorreram aos consórcios de energia e água de Barcarena e mandaram cortar o fornecimento.

O Projeto Albrás faz parte do programa "Grande Carajás", mega projeto idealizado
pelo governo na década de 80, com objetivo de desenvolver a região
Amazônica. A fábrica de alumínio, foi uma parceria do governo Brasileiro com um
consórcio de empresas japonesas.
Como
contrapartida para instalação da fábrica de alumínio foi exigido do governo Brasileiro
investimento em infra-estrutura, como a hidrelétrica de Tucuruí, o porto da
Vila do Conde, estradas e as casas para os trabalhadores. De acordo com o
estudo apresentado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico – Social do Pará
o governo federal investiu US$ 123,6 milhões, ou seja, a Albrás não gastou com
um "prego" na construção das casas da Vila dos Cabanos, as mesmas foram construídas com
dinheiro público, por isso não se justifica a truculência da empresa com a
família do Professor Hélio Santos.
Para
o grupo Norsk Hydro não basta apenas, ter energia subsidiada, isenção de
impostos e mão-de-obra barata, quer também mostrar sua superioridade tratando
os profissionais da educação de nosso município, com total desrespeito como
estes fossem os invasores e não o contrário, num total descumprimento da norma SA 8000, que a empresa detém e que trata das relações sociais.
Precisamos
dar um basta em atitudes como estas e mostrar para o governo da Noruega que Barcarena não é feudo de ninguém e que
merecemos respeito, é preciso intervenção do governo e do ministério público neste caso, já que nossa cidade não pode ser lugar de desova para o empreendimento que mais cresce no mundo à revelia de nossos trabalhadores e moradores.
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