Hydro Alunorte não respeita CIPA em Barcarena.

Há pessoas que sabem agradar, enquanto há outras que agradam pensando em maltratar depois.



Infelizmente mais uma vez o capital estrangeiro mostra o desrespeito e o desprezo pelos trabalhadores que através de seu suor tem feito desta empresa a maior em produção de alumina do mundo, mesmo enfrentando a cada dia o descaso e o assédio moral de seus "patrões nacionais". Dessa vez, o alvo é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes-CIPA, que os noruegueses conheceram por esta banda, e que os mesmos taxam os membros deste orgão, que são contribuintes na área de segurança, como preguiçosos.

No meio do ano a Hydro Alunorte demitiu sumariamente um integrante da CIPA eleito pelos trabalhadores com a alegação de que o mesmo estava desrespeitando seu chefe, no entanto não houve qualquer procedimento para apurar as denúncias e "jogaram" mais um pai de família na rua através de uma justa causa sem provas. A intenção na verdade era amedrontar os outros cipeiros, para que não atuassem mais de forma consistente, denunciando as más condições de trabalho que são mascaradas pela área de segurança de trabalho.

Não bastasse isso, agora em novembro quando foi iniciado o processo de inscrição da CIPA, a Hydro Alunorte demitiu um trabalhador após ele ter efetuado sua inscrição, o que vai de encontro a Norma Regulamentadora nº 5, que reza que a estabilidade de um cipeiro se inicia diante de sua inscrição ao pleito eleitoral. Infelizmente o trabalhado em questão procurou o Sindquimicos, onde tem uma corja de cobras sedentas por dinheiro, e conduziram o processo de forma a beneficiar a seus "patrões" e não o trabalhador.
É necessário uma intervenção imediata dos orgãos que defendam o trabalhador, pois a atuação da Norsk Hydro no Brasil, mostra como as grandes empresas multinacionais maltratam nosso povo, agindo com mãos de ferro e desrespeitando leis que foram construídas através de muitas lutas e que buscam uma diminuição nas relações desiguais entre patrão e empregado.

Desde que assumiu os negócios em Barcarena no Pará, a Norsk Hydro tem silenciosamente a revelia da justiça e de governos, impondo suas normas norueguesas, não valorizando a terra onde tiram sua riqueza. Na sua chegada a Hydro paralisou as obras da Companhia de Aluminio do Pará-CAP, onde hoje existe apenas uma imensidão de terras ociosas, contudo nem o governo estadual, municipal e muito menos os  sindicatos tiveram a coragem de denunciar.

Hoje a taxa de demissão e admissão (turnover) é altissímo, sendo os principais alvos os trabalhadores de chão de fábrica. Além disso, de forma a beneficiar as escolas técnicas particulares da região que tem como proprietários gerentes e familiares do alto escalão da Albrás e Alunorte, só querem admitir pessoas que tenham curso técnico, regra que antes não existia. Agora me digam, como um jovem de classe baixa vai pagar um curso de R$ 300,00?

É hora de dar um basta nestes demandos dessa oligarquia norueguesa, que nos olham apenas como máquinas que devem gerar seus lucros. 

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