Alunorte Norsk Hydro e SindQuimicos propõem acordo coletivo que desagrada trabalhadores.
Após dois anos de espera - afinal o último acordo coletivo foi nos moldes biênio -, e apesar da expectativa de todos, pois é o primeiro na gestão Hydro, mais uma vez imperou a "ótima" relação entre empresa e sindicato. Como sempre a diretoria de Gaspar não ouviu os trabalhadores, pois já se tornou tradição a "assembléia-voto secreto" criada por essa diretoria, onde nenhum trabalhador fala nada, somente vota em algo que já foi decidido, e o que é mais grave, é que ninguém acompanha a apuração a não ser a própria direção, tornando os resultados duvidosos. Com isso as propostas que já não satisfaziam ninguém, tornou-se ainda pior quando a Alunorte Norsk Hydro apresentou a sua, claro que aquém dos anseios esperados. Não passava de um ingrediente para fantasiar que não havia entendimento. A diretoria de Gaspar, já desgastada pela perda de dois diretores, entre eles o secretário do sindicato Alexsandro Pantoja que hoje nem gosta de lembrar que fez parte deste grupo, encenou um desentendimento com a comissão de negociação da empresa chegando segundo eles, a solicitar a presença de um representante da Hydro para conduzir a negociação. Não passava de um teatro. Logo marcaram novo encontro e surgiu uma nova proposta da empresa, que mesmo estando abaixo dos verdadeiros ganhos reais, a diretoria de Gaspar já considera como "acordo coletivo histórico", já dando a deixa de como querem que os trabalhadores votem.
O acordo coletivo deste ano só mostra como é despreparada essa diretoria de Gaspar. Eles poderiam ter pego o exemplo da Hydro Paragominas que fechou um acordo que de fato beneficiou seus trabalhadores. Mas isso já era esperado, pois enquanto o sindicato da Hydro Paragominas questionou a presença mais efetiva dos representantes da Hydro Noruega em sua mina, o que ocorreu no Encontro de Cúpula dos líderes no Brasil (Hydro Summit Brazil) evento realizado em Belém no mês de setembro, o SindQuímicos Barcarena nem foi convidado. Talvez porque eles sempre dizem sim senhor! para a Alunorte, não iria fazer diferença se estivessem lá. O que interessa é que neste evento foi repassado os lucros já obtidos pela Hydro Noruega na compra das empresas que antes era da Vale. E posso dizer isso com propriedade pois diferente da diretoria de Gaspar, EU fui convidado e estava lá! Então não me digam que não podemos fechar um Acordo melhor do que esse que querem nos empurrar.
Não bastasse a perda nesta proposta, a diretoria de Gaspar querendo se vingar dos trabalhadores que saíram do sindicato, afinal já não aguentavam pagar para serem enganados, criaram sem assembléia e pela segunda vez este ano, a cobrança de 4% na chamada contribuição sindical, mesmo ainda não tendo explicado onde foi parar os 5% do pagamento da intra jornada, numa total falta de sensibilidade com a categoria. Além disso, no semestre passado fizeram um grande alvoroço para os estudos que comprovariam a insalubridade em algumas áreas, o que deve ter se perdido em algum lugar já que só interessava aos trabalhadores, o que deixa essa diretoria mais desacreditada ainda.
Apesar de sempre ser proclamado por esta diretoria que eles são democráticos, desde que instituímos a oposição sindical Valorização e Luta dentro da Alunorte Norsk Hydro temos sido vítimas de acusações por parte da Diretoria de Gaspar porque segundo eles incitamos os trabalhadores, quando na verdade só uma pessoa com pouco discernimento para não enxergar o conchavo entre o sindicato e a empresa. Prova disso é que assim que anunciamos a oposição ao RH da empresa, com a presença inclusive do representante da Hydro, passei a sofrer perseguição por parte da minha coordenação e fui transferido imediatamente de área e de horário. Já havia procurado o RH para comunicar a forma como a coordenação tratava a minha pessoa e alguns colaboradores, porém os mesmos fizeram pouco caso. Talvez seja por isso que a Alunorte ao contrário da Albrás nunca tenha figurado entre as 150 melhores empresas do Brasil para se trabalhar.
O fato é que no próximo dia 09 de novembro teremos que participar da "assembléia-voto secreto", como sempre sem dizer uma palavra, para escrever se aceitamos ou não esse acordo. Contudo, a própria diretoria de Gaspar já exalta a grandiosidade que só eles vêem e que de ganho não tem nada. Convoco todos os trabalhadores a "escreverem" NÃO, para tentarmos reverter essa proposta. Alguns podem não entender essa pressa para aprovar este acordo, mais o fato é que os acionistas noruegueses estarão nesta semana na Alunorte, vamos mostrar que queremos mais porque merecemos mais!
(Rogilson Rodrigues)
O acordo coletivo deste ano só mostra como é despreparada essa diretoria de Gaspar. Eles poderiam ter pego o exemplo da Hydro Paragominas que fechou um acordo que de fato beneficiou seus trabalhadores. Mas isso já era esperado, pois enquanto o sindicato da Hydro Paragominas questionou a presença mais efetiva dos representantes da Hydro Noruega em sua mina, o que ocorreu no Encontro de Cúpula dos líderes no Brasil (Hydro Summit Brazil) evento realizado em Belém no mês de setembro, o SindQuímicos Barcarena nem foi convidado. Talvez porque eles sempre dizem sim senhor! para a Alunorte, não iria fazer diferença se estivessem lá. O que interessa é que neste evento foi repassado os lucros já obtidos pela Hydro Noruega na compra das empresas que antes era da Vale. E posso dizer isso com propriedade pois diferente da diretoria de Gaspar, EU fui convidado e estava lá! Então não me digam que não podemos fechar um Acordo melhor do que esse que querem nos empurrar.
Não bastasse a perda nesta proposta, a diretoria de Gaspar querendo se vingar dos trabalhadores que saíram do sindicato, afinal já não aguentavam pagar para serem enganados, criaram sem assembléia e pela segunda vez este ano, a cobrança de 4% na chamada contribuição sindical, mesmo ainda não tendo explicado onde foi parar os 5% do pagamento da intra jornada, numa total falta de sensibilidade com a categoria. Além disso, no semestre passado fizeram um grande alvoroço para os estudos que comprovariam a insalubridade em algumas áreas, o que deve ter se perdido em algum lugar já que só interessava aos trabalhadores, o que deixa essa diretoria mais desacreditada ainda.
Apesar de sempre ser proclamado por esta diretoria que eles são democráticos, desde que instituímos a oposição sindical Valorização e Luta dentro da Alunorte Norsk Hydro temos sido vítimas de acusações por parte da Diretoria de Gaspar porque segundo eles incitamos os trabalhadores, quando na verdade só uma pessoa com pouco discernimento para não enxergar o conchavo entre o sindicato e a empresa. Prova disso é que assim que anunciamos a oposição ao RH da empresa, com a presença inclusive do representante da Hydro, passei a sofrer perseguição por parte da minha coordenação e fui transferido imediatamente de área e de horário. Já havia procurado o RH para comunicar a forma como a coordenação tratava a minha pessoa e alguns colaboradores, porém os mesmos fizeram pouco caso. Talvez seja por isso que a Alunorte ao contrário da Albrás nunca tenha figurado entre as 150 melhores empresas do Brasil para se trabalhar.
O fato é que no próximo dia 09 de novembro teremos que participar da "assembléia-voto secreto", como sempre sem dizer uma palavra, para escrever se aceitamos ou não esse acordo. Contudo, a própria diretoria de Gaspar já exalta a grandiosidade que só eles vêem e que de ganho não tem nada. Convoco todos os trabalhadores a "escreverem" NÃO, para tentarmos reverter essa proposta. Alguns podem não entender essa pressa para aprovar este acordo, mais o fato é que os acionistas noruegueses estarão nesta semana na Alunorte, vamos mostrar que queremos mais porque merecemos mais!
(Rogilson Rodrigues)
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